Newtonianos no mercado: dos primeiros professores universitários aos professores independentes e/ou itinerantes de filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII

Newtonianos no mercado: dos primeiros professores universitários aos professores independentes e/ou itinerantes de filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII

by Luiz Carlos Soares
Newtonianos no mercado: dos primeiros professores universitários aos professores independentes e/ou itinerantes de filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII

Newtonianos no mercado: dos primeiros professores universitários aos professores independentes e/ou itinerantes de filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII

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Overview

A visão de uma Filosofia Natural e Experimental triunfante (também Empirista e Mecanicista), baseada nos Principia e na Opticks de Isaac Newton, apontava para a existência de um novo tipo de conhecimento que poderia ser "aplicado" às necessidades da população, principalmente no âmbito da produção material. Passou-se a cultivar amplamente a ideia de que as forças da natureza, objetiva, mecânica e matematizada, poderiam ser colocadas a serviço da Humanidade, proporcionando-lhe bem-estar e reduzindo-lhe o fardo do trabalho. A ideia de um "Conhecimento Útil e Aplicado", relacionado às necessidades das atividades industriais e ao bem-estar da população do país, constituiu-se num dos mais importantes aspectos da Ilustração na Inglaterra do século XVIII (sobretudo, na segunda metade deste século) e numa poderosa alavanca intelectual que contribuiu para a emergência da Revolução Industrial, a partir dos anos 1780. O interesse pelo conhecimento filosófico-científico aplicado e experimental transcendeu à esfera dos pequenos grupos de formação universitária e altamente letrados e passou a ser cultivado pelos segmentos sociais mais diferenciados, desde cavalheiros e damas cujo único interesse era um aprendizado para seu refinamento social até proprietários manufatureiros, engenheiros e mecânicos que procuravam aplicar esse novo conhecimento às necessidades cotidianas das indústrias e da produção e ao aperfeiçoamento do maquinismo utilizado. Mas, foram, principalmente, os industriais, engenheiros e mecânicos, através da sua prática cotidiana, que puderam assimilar os princípios da Filosofia Natural e Experimental Newtoniana e empregá-los em suas atividades de desenvolvimento de máquinas e na formulação de uma nova organização técnico-industrial. Em Londres, Westminster e nas principais cidades do interior, professores independentes e/ou itinerantes (viajantes) começaram a ministrar cursos de Filosofia Natural e Experimental para uma audiência bastante diversificada, que, além de pagar pelas lições recebidas, era estimulada a adquirir os programas de cursos ou roteiros de aulas (syllabuses), os manuais (textbooks) ou eventuais compêndios elaborados por estes professores. Eles não apenas foram representantes de uma vertente mais popular, pragmática e andarilha da Ilustração inglesa e britânica, como também foram responsáveis pela preparação intelectual de diversas gerações de homens e mulheres das "classes médias", que conceberam a possibilidade de uma nova realidade econômica, política e social que levou à constituição de uma sociedade capitalista-industrial plena, no século seguinte. Os professores independentes e/ou itinerantes de Filosofia Natural e Experimental foram homens que ajudaram a criar este novo mundo.

Product Details

ISBN-13: 9786559052257
Publisher: 7Letras
Publication date: 05/19/2022
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 880
File size: 32 MB
Note: This product may take a few minutes to download.
Language: Portuguese

About the Author

LUIZ CARLOS SOARES realizou seus cursos de graduação em História (Licenciatura e Bacharelado) na Universidade Federal Fluminense (UFF), entre 1971 e 1976. Seu título de mestre também em História foi obtido na UFF, em 1980, e o seu doutorado foi realizado no University College London (Universidade de Londres, Inglaterra), tendo defendido a tese intitulada Urban slavery in nineteenth-century Rio de Janeiro, em janeiro de 1988. Realizou também estágio de pós-doutoramento na Faculdade de História Moderna da Universidade de Oxford (Inglaterra), entre 1997 e 1998. É autor dos seguintes livros: Rameiras, Ilhoas, Polacas... A prostituição no Rio de Janeiro do século XIX (São Paulo, Editora Ática, 1992); Do novo mundo ao universo heliocêntrico: os descobrimentos e a revolução copernicana (São Paulo, Editora HUCITEC, 1998); A Albion revisitada: ciência, religião, ilustração e comercialização do lazer na Inglaterra do século XVIII (Rio de Janeiro, FAPERJ – 7Letras, 2007); O "Povo de Cam" na capital do Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro, FAPERJ – 7Letras; 2007; Reflexões sobre a guerra. Rio de Janeiro, FAPERJ – 7Letras, 2010, em coautoria com Francisco Carlos Teixeira da Silva; e A filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII: um diálogo com a historiografia acerca da ideia de "Ciência" na "Era das Luzes". Rio de Janeiro, 7Letras, 2020. Organizou ainda a coletânea Da "revolução científica" à "big-business Science": cinco ensaios de história da ciência e da tecnologia. São Paulo – Niterói, Editora HUCITEC – EDUFF, 2001. É Professor Titular Aposentado de História Moderna e Contemporânea do Departamento de História da UFF, onde ingressou em 1976. Foi Professor Visitante da Universidade de Paris VII (França) em 1995, Pesquisador Visitante da Faculdade de História Moderna da Universidade de Oxford (Inglaterra) entre 1997 e 1998 e Professor Visitante da Universidade de Aarhus (Dinamarca) em 1999. Atuou ainda como Professor Visitante Sênior no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HCTE-UFRJ), entre 2013 e 2015, e no Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGEFHC-UFBA/UEFS), entre 2018 e 2020. Atualmente, também é Pesquisador Nível 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), onde vem sendo contemplado com Bolsa de Produtividade em Pesquisa desde 1989. Foi também Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE, biênio 1997-1999), Presidente da Associação Nacional de História (ANPUH, biênio 2003-2005), Presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC, biênios 2006-2008 e 2008-2010) e 2º Vice-Presidente da Divisão de História da Ciência e da Tecnologia da União Internacional de História e Filosofia da Ciência e da Tecnologia (DHST-IUHPST, quadriênio 2017-2021).
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